segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Horizonte.


E agora eu finalmente entendo coisas que um dia me foram ditas por pessoas de grande importância pra mim.
Agora eu passei a tentar refazer alguns conceitos da minha vida, e tentar entender táticas alheias de como vencer o destino, ou seja, criar o seu.

Ficou claro tudo que um dia Jack me disse: o lugar aonde vou não é aquilo que eu quero, mas é o que eu planejei para tornar possível um plano maior ainda... portanto não é um destino, e sim uma jornada.
E nesse dia brigamos, e eu chorei: eu não quis entender, me parecia um crime perder meu amigo para uma fatalidade do tempo e da vida!

Mas agora as coisas criam algum sentido.
Um dia ouvi do meu irmão: eu também não aceitava os planos do pai, até eu ver que a única forma de me livrar dele e das vontades dele seria usando aquilo que ele usava para me ferir a meu favor.

É isso que faço agora: me impulsiono nas armas do inimigo pra logo me ver livre dele. Pra, em breve, poder continuar vivendo minha vida rock'n roll de sempre, seguir dormindo em rodoviárias e junkeando por aí, mas tendo a certeza de fazê-lo com a minha independência...
É sim uma tristeza abrir mão de muita coisa que eu sempre quis por causa disso tudo... mas é um plano maior: é o plano que tenho em mente desde que criei consciência do como sou e do como quero viver, mas que só vai ser possível se eu torná-lo possível (e eu não desisto dos meus planos por NADA).
Logo estarei livre pra fazer o que bem entender, livre de qualquer alfândega ou banco de corais, logo seguirei o vento que bem quiser me levar... e poderei naufragar ou retornar com tesouros à altura de minha sorte.


Não temei o mar ou o vento, pois azar é a justificativa dos fracos para desistirem sem se sentir derrotados.


"Sigam meus caros, o horizonte ainda está muito distante pra voces, e eu estou a todo pano em busca do meu."
(Jack Chemello)