17.12.2007
Estou no terminal rodoviario da highland, dentro do onibus do que me levará até parte do meu destino final, (final? aaahn, por hora sim)
viagem esperada, mais do que isso, planejada, nos minimos detalhes, por 5 minutos mantive meu olhar fixo na bandeira do meu estado que balançava inquietamente do outro lado do terminal rodoviário, sentindo o vento a leste, que me empurrava de volta pra casa, mas não me movi, só observei, enquanto concretizava o que era pra ser feito, viagem cansativa, o ar-condicionado do onibus não chegava no assento 43, e a temperatura interna do veiculo quase atingia o mesmo numero do meu banco (43, né idiota!) prefiri durmir, na verdade, era melhor fechar os olhos, do que ver as ruas passando por mim, sem previsão de quando iria reve-las, as lembranças das noites insanas, e caminhadas longas pelo caminho, que agora fazia de onibus, me saciavam, antes mesmo de sairmos dos dominios de Caxias do Sul, as pessoas já haviam se enturmado, e começado a reclamar de qualquer coisa que não os satisfazessem, o filme legendado, o ar-frio demais, a falta desse ar-frio no fundo do onibus, a CPMF, o recheio do pastel da rodoviaria, enfim, reclamavam de tudo, minhas primeiras palavras foram: -você tem 15 minutos, aproveite-os. disse isso pruma garota com cara de tédio, as 23:45 quando paramos em curitiba, na verdade minhas paradas resumiam-se em uma sfiha, coca, coca-cola e 4 cigarros, enquanto consumia esses produtos, escrevia o que escrevo aqui, agora.
18.12.2007
Depois de algumas horas em São Paulo, estou prestes a partir, minhas mandibulas tremem, minha lingua não sente os sabores, pela primeira vez, algumas coisas perderam a graça, e num flashback constante, as coisas que fiz no fim de semana que precedeu essa terça-feira vem a minha mente, de certa forma isso ameniza a minha indignação comigo mesmo, paralelamente a isso, olho toda essa multidão, e imagino pr'onde estão indo, porque estão indo, e porque não ficam, faz uma hora que estou sentado do outro lado das plataformas, da paltaforma 67, o chafariz atrás de mim, quase me molha, e isso me parece ironico, centenas de malas, bolsas e afins, aguardam meu onibus, e eu aqui, com minha velha e guerreira mochila, não preciso mais do que isso... será que não? se não precisasse mais do que uma mochila, não estaria aqui agora, escrevo pra organizar meus pensamentos, mas mesmo usando esse artificio, tenho certeza de pouca coisa, as coisas poderiam ser fáceis, como nas musicas, junkiemovies, e afins, será que chega uma hora, na vida de todo mundo, que precisamos deixar de viver num clip, ou parar de encenar overdoses, pra tomarmos decisões dificeis? Ninguem me dará essa resposta, ninguem tem essa resposta...
O nome da viação proprietaria do onibus que me levará ao sertão, é NOVO HORIZONTE, aproveitando esse nome ridiculo, eu lembro novamente à mim mesmo, que meus horizontes não mudaram, nem mudarão, afinal, promessas são promessas, e sempre temos as opções, podemos quebrar essas promessas, ou trava-las de forma que sejam cumpridas, basta escolher, e quando se tem coragem para escolher tudo que sempre se quis, é preciso sacrificar algo, se afastar, de certo modo, morrer, eu tive coragem, e o mundo sempre me pareceu um patrimonio agradavel, em alguns momentos, eu declinei nessas decisões, pensei em nem vir, é óbvio que eu prefiro caminhar 10Km, num domingo de manhã, voltando de um sitio qualquer, de uma festa qualquer, depois de dizer coisas legais, pr'alguem mais legal ainda, mas, tenho todo tempo do mundo, e o tempo... passa rápido.
19.12.2007
Depóis de 49 horas, cheguei ao sertão, e isso não me inspira muito a escrever...
beijo pro meu pai, pra minha mãe, especialmente pra você *-*
3 comentários:
esse VOCÊ sou eu né?
*-*
especialmente pra você *-*
quem seria esse você a greeice ou o ace?
esse VOCÊ nao sou eu né?
*-*
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