sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
As maravilhas da Cidade Maravilhosa (ou apenas uma delas)
Alguns ventos costumam ser mais fortes que outros... e esses mesmos ventos costumam nos levar mais longe do que algum dia esperamos ir. E os planos mudam e se confundem à todo instante, e as viagens parecem cada vez mais esperadas e perigosas. As expectativas acabam se transformando em agonia, e logo a agonia vira ansiedade (e é uma sequência tão grande que nem eu, que adoro escrever, vou me atrever a explicar)...
Passar o dia inteiro no trabalho pensando no que vai ser daqui em diante, no como vou administrar certas idéias e responsabilidades. A busca por um novo emprego me maltrata: tenho apenas alguns dias pra mudar, senão começam as reuniões de início de ano, e logo não vou ter tempo nem para viver mais.
E passar o dia pensando em como me adaptar à vida na decisão alheia. Vou precisar, afinal, pretendo casar cedo e morar sozinho logo.
É uma barbaridade pensar num futuro pra si precisando de outras pessoas... só Jack poderia me acompanhar nessa empreitada, em toda essa viagem, saquear novos portos e levar deles as mais belas donzelas (ou melhores e mais intrigantes derrotas). Só Jack poderia me ajudar a desbravar esses mares... mares em que ele mesmo um dia já navegou.
O dia acabando e eu pensando, numa estranha agonia: quais as coisas que realmente valem à pena? Será que vale à pena largar tudo e atravessar tempestades por pessoas tão defeituosas como nós? Será que vale à pena esperar horas e horas por cartas que podem nem chegar?... Não sei, ninguém sabe... pode ser que naufrague nas piores ilhas ou descubra os melhores tesouros... ou pode ser que retorne sem o sofrimento do naufrágio ou os louros da vitória.
Tentar?
Sim, sou louco!
Sim, eu tenho medo!
Sim, eu VOU conseguir!
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Um comentário:
E são nos ventos mais fortes em que escrevemos nossa história. Quanto mais longe ele nos levar, mais capítulos serão escritos. Às vezes esses ventos viram nossos barcos e, de repente, nos vemos num mar ermo, quase nos afogando em nossos sentimentos. É aí que mais aprendemos (e sofremos). Mas não vamos falar de dores. Vamos falar de perspectivas de vida, de esperança, de futuro. De um futuro que VOCÊ constrói, sem depender de ninguém. Cate as palhas sem esperar que ninguém as assopre. Continue digitando, mas sem esquecer de se arriscar, de admitir o medo e não se deixar derrotar. Porque pior que a derrota, é deixar morrer. É nadar, nadar e nadar, sem saber se já esta chegando na costa. É aprender, mais uma vez, a conviver com a agonia e ansiedade, e desistir de lutar pra ela cessar. É nessas horas que um capítulo fica em branco ou que a página que vc mais espera fica grudada na da frente e você segue a leitura, fingindo não notar.
Escreva até as folhas acabarem.
=*** , Luiza Souto.
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